terça-feira, 18 de novembro de 2008

Flores viúvas


O comboio segue rota e direção na fila dos desconvidados. 
Pedaços partidos de paisagem pregam gente demolida como estacas ao chão. 
Crianças sem ninhos buscam árvores caídas das asas de morcegos onde, atiradores e vítmas, sucumbem imundos do mesmo pó. 
Botas rastejam dementes seus soldados, pisoteando flores viúvas no fosso de gente. 
Todos beijados pela mesma boca bastarda de fuzís!

Um comentário:

Tancredo Infrasonic disse...

A tua poesia aqui exprime uma visão muito profunda acerca da violencia .. posso reconhecer Auschwitz, Ruanda e mais nisso. Pena que as vezes me falta o conhecimento profunda da tua lingua para perceber os finesses tudos. Mas ja estou certo que vc escreve dum mão de maestra.

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