domingo, 7 de dezembro de 2008

Fair play

Imaginei que nascessem sonhos das coisas mais simples e que essas coisas simples fossem um instante delicado entre o afeto e a palavra. Imaginei que os gestos amparassem a aflição lentamente, como um filho ao cólo, e crescessem flores no vazio das tristezas passadas. Quando ainda não me existia este peso infinito, repetidamente sólido, por dentro, eu era todas as minhas alegrias refletidas. Eu era a minha alegria somada a alegria de todos, porque sorrir era uma dessas coisas simples. Hoje o meu sorriso já não é mais o mesmo. Tem um silêncio partido ao meio. Onde as coisas se partem com a simples partida das coisas imensas.

3 comentários:

Barfly disse...

Foquinha talentosa esta!

Anônimo disse...

Gostei muito. Escrito por si?

Foquinha! disse...

Obrigada, foi sim...fico feliz! Os textos ou frases que não contém referências (de autores ou lugares) são todos escritos por mim. Tenho um grande aprêço por eles, por isso fico muito grata pelas visitas! ;)

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